sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sobre leila diniz e preconceitos de vida.




Não sei bem porque eu escrevo isso, mas me ocorreu de ter que dizer aqui a minha opnião sobre o que anda deixando minha vida conturbada.Em primeiro lugar, esta é Leila diniz. Ela marcou os anos 70 quando "escandalizou" a tradicional família brasileira ao exibir a sua barriga de oito meses na praia,
quando isso era totalmente proibido, visto que 'gravidez' tinha uma conotação sobre sexo muito forte e precisava ser escondida entre os panos que as mulheres usavam.Essa mulher saiu por ai quebrando tabus de uma época em que a repressão dominava de todas as formas a vida feminina, e Leila foi realmente muito criticada pelo que fazia.Se hoje a mulher Brasileira tem tanto espaço pra poder se expressar, pra poder ser dona da sua própria vida isso começou com Leila.

Faz quase dois meses que venho repensado algumas atitudes minhas e também das pessoas que vivem e vivam ao meu redor e uma das coisas que venho aprendido esse ano é a importância de entender as pessoas e suas atitudes e procurar não julga-las.
Por um bom tempo julguei algumas pessoas por não entendê-las, às vezes pensava que me afastar para compreender o que acontecia seria a melhor solução, mas descobri que quando se convive com as pessoas é muito mais fácil enxergar dentro de si e não só fora.E sei que por muito tempo me baseio em opiniões dos outros. Isso não é mais assim.

Sei que já errei tantas vezes então parei pra pensar como aquilo me incomodava, mas erros de mais de 4 anos pareciam tão sem importância. Agora sei que o tempo passa e a gente cresce e percebe que todas as histórias vão ser contadas para os netos e divertir pessoas. E se um dia eu errei, um dia eu não fui o que os outros queriam que eu fosse, era eu do mesmo jeito. errada ou não, era eu.
Porque eu sou o que eu sou e não o que os outros querem que eu seja.

E um dia desses, eu finalmente tive oportunidade de dizer a menina que mudou minha opinião: - "Eu não te entendia, mas agora eu entendo e gosto pra caramba de tu".




"Eu vejo o horizonte trêmulo
Eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Eu posso estar correndo pro lado errado
Mas "a dúvida é o preço da pureza" e é inútil ter certeza".

Engenheiros do Hawaii

domingo, 5 de setembro de 2010

E na maioria das vezes eu olhava pra ele e percebia o quanto ele estava feliz.
E se ele estivesse feliz eu também estava. Eu já tinha dito isso, ele sabia, eu sabia,
todos sabiam.As mãos dadas (e dadas a ele também) não me causavam nenhuma dor,
pelo contrário sentia uma estranha sensação de que aquilo estava certo do jeito
que estava. Seria egoísmo demais se não fosse assim. Um único gênero, um único amor.

Se olhasse pro outro lado, veria alguém passar chorando as lágrimas da persuasão.
As lágrimas da persuasão não me persuadiam mais. Eu apenas sentei e me dei conta
que algumas coisas foram necessárias e me fazeram bem , me senti viva.
Então eu ficaria ali, certo ou errado. Era necessário.Ás vezes.

Os olhos vezenquando me obrigavam a olhar fixamente pra alguém, pelo menos alguns
segundos. Ás vezes eu olhava, ou então apenas ignorava. Eu fazia o que achava melhor
pra mim. 'Fazer o que te convém', era esse o conselho que eu dava pros outros, por que
também não seguir? E finalmente tinha aprendido alguma coisa com tudo aquilo: " Se pra
você não é nada, sõa só palavras."

domingo, 1 de agosto de 2010

A caixa de malboro

'Eu tive medo de não me recobrar a memória
e nunca mais saber quem eu realmente fui um dia.
Tive medo dos amores perdidos, dos segredos esquecidos,das paixões que eu tinha na forma de ver a vida. Tudo seria apenas rapidamente detalhado por pessoas próximas,que realmente nunca ia saber o que eu sentia.
Chorei ao perceber que nada seria o mesmo que tinha sido.Nenhum sabor, de apenas ousar pegar uma câmera fotográfica e sentir uma breve emoção,só pro tirar uma foto. Ou simplismente virar a cabeça um pouco pro lado e ver que aquilo era um ângulo bem melhor de ver a vida, do que as pessoas geralmente viam.E quem diria eu
então não saber que tipo de coisas gostava e passoas que no fundo eu odiava. Não lembrar dos abraços inesquecíveis e do sorriso no canto do rosto quando via alguém em quem pensei a manhã inteira. Não saber o que era fotografar, malabarizar, escrever,ler e pensar.
Mas, eu recobrei a memória, e me vi aqui. Sentada, olhando do terceiro andar a baixo, tendo apenas um desejo: Ser uma caixa de malboro. Um simples
desejo. Me atirar ou saber que queria ser o que mais odeio pra fazer alguém feliz.

Me deixa ser, apenas essa caixa de malboro pra saber que eu morri, mais dentro de você.

Mudanças

Sem saber o que dizer e quando dizer.Apenas bem, apenas mudando e vendo as coisas de outro ângulo. E quem foi que falou que eu não podia ser feliz? Lembrei quando eu pus a culpa toda na alegria, quanto a minha tristeza há vários meses.Os cd's continuam os mesmos infileirados na prateleira da sala fria, só o som que é diferente. Os sentimentos mudam com o tempo, estranho pensar isso justo agora.Me sinto sem sentimento algum, um vácuo, apenas isso. mais uma vez, só que agora não incomoda. Apenas acomoda tudo que eu penso. E fica assim, até que eu acredite de verdade no que alguém vai me falar. Já ouviu falar em interesse? Pois é, acredito que a maioria dos seres humanos chegaram no ápice disso. O que, faz com que os sentimentos de cristalizem e percam o sabor anterior.

Não se preocupe em entender, são apenas coisas que eu tenho necessidade de expor.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

seja bom, seja bom, seja amor.

Quando eu vi estava no ônibus com a cabeça pra fora da janela,
pensando em como eu nunca nasci pra ser exata, pensando em como
as pessoas conseguem viver desse ou daquele jeito e decidi que
estava cansada de ser aquele 'vegetal' de sempre, uma espécie
que vive ao sabor das ondas no mar. Desisti de tentar salvar
e modificar a vida dos outros

Tive apenas vontade de chegar logo em casa, de dizer na cara de alguém
que era tudo mentira, que eu era capaz de mudar, vontade de arrumar as
malas e estar em porto alegre, vontade de responder as cartas que estavam
numa velha caixa e eu insistia que não tinha tempo,se pudesse voltar atrás,
abraçar o melhor amigo, dizer o quanto eu tô com saudade. De comprar um
ingresso pra ver a tholl de novo lá em pelotas, de ouvir um coldplay e
tantas outras mil coisas que passaram pela minha cabeça. Pela primeira
vez no ano eu me sentia viva de verdade, viva e bem, bem e viva e bem viva.

Às vezes sou silêncio, às vezes barulho de caco de vidro moendo no liquidificador.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Queria poder estar offline algumas vezes na minha vida,
ou pelo menos perto disso, chegar um dia em um lugar quando
não estiver bem e colocar meu status como: ausente, fazer o
que deveria fazer e depois sair, ou ficar offline mesmo.
Mas a gente vive num mundo em que estamos correndo tanto
risco, são tantas criticas que eu me sinto todos os dias,
pelo menos uma vez, atingida por alguém "whith lasers";


Fiquei por ali mesmo, desisti de planos, quando não estava
bem geralmente era assim. Odiava levar reclamações, principalmente
quando eu sabia que estava errada mas naquele momento não podia
fazer nada pra mudar. Eu sempre acabava desistindo das coisas
para poder adiar minha dor, gostava de me sentir numa bolha de ar,
não era assim antes,eu sabia quais eram meus reais erros,
eu não conseguia mudá-los, e se isso explica alguma coisa:
eu tinha dezesseis anos.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

não me deixe só, com as pontas dos seus cigarros.

E aquilo que existia dentro de mim perdurou, não sei quantas carteiras
de cigarros foram,nem muito menos quantas guarrafas de vinho se acumularam
no chão da área de serviço, pra ser sincera dava até medo de contar, porque
quanto menos espaço tinha eu sabia que mais meses se passavam.
E assim o tempo ia gritando: menos um, menos um, menos um, enquanto ouvia
canções que falavam em "cada dia a mais é um a menos pro encontro acontecer."
Eu queria te esquecer, mas eu não conseguia negar pra ninguém que eu amava,
amava com todas as minhas forças, os meus erros, as minhas carteiras de cigarro.
Só não amava ele com o meu vinho, que me fazia esquecê-lo, em compensação: quanto mais vinho tinha, mais as lágrimas corriam pelo rosto, causando uma intensa e incômoda dor.