segunda-feira, 26 de abril de 2010

não me deixe só, com as pontas dos seus cigarros.

E aquilo que existia dentro de mim perdurou, não sei quantas carteiras
de cigarros foram,nem muito menos quantas guarrafas de vinho se acumularam
no chão da área de serviço, pra ser sincera dava até medo de contar, porque
quanto menos espaço tinha eu sabia que mais meses se passavam.
E assim o tempo ia gritando: menos um, menos um, menos um, enquanto ouvia
canções que falavam em "cada dia a mais é um a menos pro encontro acontecer."
Eu queria te esquecer, mas eu não conseguia negar pra ninguém que eu amava,
amava com todas as minhas forças, os meus erros, as minhas carteiras de cigarro.
Só não amava ele com o meu vinho, que me fazia esquecê-lo, em compensação: quanto mais vinho tinha, mais as lágrimas corriam pelo rosto, causando uma intensa e incômoda dor.

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